sexta-feira, 8 de março de 2013

HIPNOSE


HIPNOSE




Estado alterado de consciência, entre a vigília e o sono, induzido pela sugestão  de outra pessoa, chamada de "hipnotizador".

Foi um dentista de Manchester, James Braid, que, após utilizar a hipnose como método para anestesiar seus pacientes, elaborou uma primeira teoria do hipnotismo. Freud*, por sua vez, iria demonstrar que a hipnose permitia o surgimento de manifestações da atividade do inconsciente, e é a partir de sua prática que ele iria criar a psicanálise.

É graças à iniciativa de um psiquiatra americano, Milton Erickson (1901 - 1980), que esse método terapêutico vai sofrer uma verdadeira renovação e oferecer um largo campo de aplicações na área médica e psiquiátrica. A hipnose moderna, chamada de "ericksoniana", requer a participação ativa do paciente. Ela pode ser comparada a um estado de profundo relaxamento durante o qual o paciente pode se expressar livremente. O terapeuta utiliza uma abordagem flexível, indireta (emprego de metáforas) e não intervencionista para guiar o inconsciente do indivíduo e levá-lo a encontrar por sí próprio as soluções para os seus problemas. Dessa forma, o terapeuta se apoia sobre a mobilização dos recursos de que o paciente dispõe.

Algumas pessoas acreditam que a psicanálise renovou o interesse tradicional atribuído aos eventos da existência para compreender ou interpretar o comportamento e as obras dos homens excepcionais, mas Freud, mais conhecido como o "Pai da Psicanálise" nega este fato categoricamente conforme carta enviada à A. Zweig, em 31 de maio de 1936, onde dizia: "Quem quiser se tornar biógrafo deve se comprometer com a mentira, a dissimulação, a hipocrisia e até mesmo com a dissimulação de sua incompreensão, pois a verdade biográfica não é acessível e, se o fosse, não serviria de nada".






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A psicologia em 50 verbetes - Tradução Debora Fleck - São Paulo - Ed. La Fonte - 2012.

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