segunda-feira, 29 de abril de 2013

TRANSFERÊNCIA

TRANSFERÊNCIA


Conjunto de pensamentos, fantasias e emoções que focalizam o psicanalista no tratamento e constituem uma reatualização de movimentos psíquicos antigos que se relacionam à história infantil do indivíduo.

O fenômeno da transferência existe em toda relação entre indivíduos, que, no entanto, não sabem que repetem nessa ocasião emoções e roteiros estabelecidos durante a infância e recalcados.

Freud reconheceu na transferência ao mesmo tempo o motor do tratamento analítico e o maior obstáculo para o seu desenrolar. No tratamento analítico, a transferência remete a suas origens, por força da repetição das posições libidinais do paciente. Freud situa a transferência como uma dinâmica que permite, por meio de sua análise, ajudar o paciente a integrar à história de sua vida as representações e os elementos que surgem em relação ao analista e a avaliá-los em seu real valor, ou seja, como episódios passados.

A própria transferência pode se opor a esse trabalho por duas razões. A primeira é sua ambivalência. Como  toda posição afetiva, ela associa amor e ódio e pode ser fundamentalmente negativa. A segunda razão é sua origem libidinal. Ela pode ser marcada por uma forte carga erótica que provoca uma intensa resistência ou um amor de transferência pouco acessível à interpretação.

A transferência, como todos os fenômenos de retorno do recalcado, faz parte de um processo de repetição baseado na natureza da pulsão e sua necessidade de descarga. A repetição se opõe à rememoração buscada pelo tratamento. Esta é a razão pela qual a transferência é, para Freud, a princípio, análise de resistência.

CENSURA

CENSURA

Função cujo objetivo é impedir o acesso dos desejos inconscientes ao sistema pré-consciente-consciente. Freud deu esse nome +à instância psíquica que seleciona entre os sentimentos íntimos aqueles que a consciência pode admitir e rejeita os outros por eles serem perigosos ou por não estarem de acordo com as normas sociais e morais. Estes, recalcados no inconsciente, mas sem perder nada de seu dinamismo, reaparecem, de forma disfarçada, nos sonhos, nos atos falhos, ou nos sintomas neuróticos.

DEPRESSÃO



Afecção mental caracterizada por uma alteração profunda de humor, com presença de tristeza, sofrimento moral e retardo psicomotor.
Em geral acompanhada de angústia ou de ansiedade, a depressão alimenta no indivíduo uma dolorosa impressão de debilidade generalizada, de fatalismo desesperador, e às vezes provoca sensações contínuas de culpa, indignidade e autodepreciação, podendo levá-lo a considerar a possibilidade de suicídio ou até mesmo, em alguns casos, realizá-lo efetivamente.

Para os psicanalistas, a depressão pode ser comparada a um estado de luto que nunca chega ao fim. Uma outra corrente, oriunda da psicologia cognitiva, entende a depressão como uma perturbação dos processos cognitivos. As "estruturas cognitivas estáveis" seriam inadequadas em três áreas: o eu, o mundo exterior e o futuro. Essa "tríade cognitivo-depressiva" tinge de coloração negativa as representações ligadas a esses três campos. Essas diferentes abordagens são mais complementares do que opostas.

Os tratamentos

No plano somático, os tratamentos antidepressivos são fundamentalmente medicamentosos. A psicoterapia de inspiração analítica ou terapia cognitiva e comportamental permitem igualmente que os depressivos tomem consciência dos mecanismos psíquicos que provocam ou cultivam seu sofrimento mental e depois sejam capazes de evitar a reincidência.