quinta-feira, 7 de março de 2013

APEGO

APEGO




Conjunto de laços estabelecidos entre um bebê e sua mãe, a partir de sensações e percepções do lactente em relação à progenitora e, reciprocamente, da mãe em relação a seu bebê.

Desde o terceiro dia do nascimento, o bebê é capaz de reconhecer o gosto do seio e do colo da mãe, e de os diferenciar daqueles de outra mulher que tenha um recém-nascido com o mesmo tempo de vida. Além disso, ele consegue distinguir a voz, o cheiro da sua pele e a qualidade do seu toque.

A noção de apego foi introduzida na psicologia em 1959 pelo psiquiatra britânico John Bowlby (1907-1990), a partir dos estudos da etologia. Harry Frederik Harlow apresentou a jovens macacos Rhesus duas mães artificiais, uma feita apenas de armação de arame, mas munida de uma mamadeira com leite, e a outra sem mamadeira, mas forrada de pelos. Os filhotes corriam em direção a esta última, preferindo o contato e o calor da pelagem em lugar do leite. Tal observação contradizia a tese da psicologia segundo a qual o laço com a mãe origina-se da satisfação da necessidade de alimento.

Para Bowlby, não há dúvidas de que o apego é um processo inato cujos mecanismos, como chorar, agarrar-se, aconchegar-se, sugar, são comuns tanto a bebês quanto a jovens primatas. O sorriso, especificamente humano, é um dos mecanismos de apego que aparecem de forma bastante precoce no recém-nascido. A teoria do apego foi se enriquecendo progressivamente. Hoje ela vai além da relação mãe-filho e engloba também as relações com as outras pessoas que convivem com o bebê.








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A psicologia em 50 verbetes - Tradução Debora Fleck - São Paulo - Ed. La Fonte - 2012.

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